Andreia Amorim em sua loja 100% ecológica
Na ECO esse cuidado partiu desde a concepção do espaço, compra e reaproveitamento dos móveis, iluminação, ferramentas de gestão, até a escolha das marcas a serem vendidas. A proprietária da loja, Andreia Amorim, é consultora em sustentabilidade e prioriza empresas que tenham uma postura ambiental e socialmente consciente. Hoje, um dos destaques da ECO é a venda de fraldas descartáveis ecológicas, que beneficiam não apenas o bebê, mas também o planeta. E que bom que não é apenas a loja catarinense que funciona assim.
Outro bom exemplo de Santa Catarina vem da indústria Flexicotton, de Santo Amaro da Imperatriz. Lá os funcionários usam uniformes fabricados com fibras de garrafa pet e algodão orgânico. As peças custam cerca de 10% a mais do que os uniformes tradicionais, mas para a gerência da empresa o custo adicional é visto como um investimento e mais uma forma de reduzir o impacto ambiental. Outra ação adotada pela Flexicotton foi distribuir canecas personalizadas com o nome de cada colaborador e uma mensagem de conscientização alertando sobre a importância da redução do consumo de copos plásticos, além de ser ponto de coleta de pilhas e óleo de cozinha.
Lá fora a moda ecologicamente correta e sustentável também ganha força. A estilista Stella McCartney criou recentemente uma coleção de lingeries ecológicas que, apesar de não ser totalmente sustentável, possui atributos que agridem menos o ambiente. O algodão utilizado na fabricação das calcinhas e sutiãs é orgânico e os metais usados na estrutura das peças são reciclados. Ah, e os produtos são mais baratos do que as peças das coleções anteriores, mais uma forma de incentivar o consumo desse tipo de material com grande valor agregado.
Stella é consciente, já foi vista muitas vezes usando a bicicleta como meio de transporte, fez desfiles de luxo sem usar peles de animais, criou uma linha de lingerie com fibra natural e algumas de suas lojas são abastecidas com energia eólica.
Novidade - Quem roubou a cena na minha pesquisa foi a jovem Fernanda Cannalonga, de 22 anos, que criou há oito meses a Canna, uma marca de bolsas e acessórios em couro vegetariano. Achou estranho? Eu explico. Fernanda é vegetariana e buscava uma solução para usar peças que não fossem feitas com couro animal. Foi então que ela encontrou um material sintético, uma espécie de plástico, e passou a criar bolsas, carteiras e chaveiros com design minimalista. A jovem estilista tem feito muito sucesso com as peças clean, porém cheias de atitude.
As bolsas e a matéria-prima da Canna
Fotos: David Welter/ Reprodução/ Ricardo Toscani/FFW
A Andreia é uma profissional competentíssima e claro, o resultado não poderia ser outro. Parabéns!
ResponderExcluirDébora Murta Braga