sexta-feira, 22 de julho de 2011

A incrível arte de Eli Heil

A noite de quinta-feira (21/7) foi de aprendizado e emoção. Eu e minha amiga Marcela Souza da Rosa fomos acompanhar o lançamento do documentário Coração de Eli, produzido pela Contraponto, da fantástica artista catarinense Eli Heil. Um aprendizado de vida, uma emoção e o que faltava para colorir aquela quinta-feira chuvosa e cinzenta.
Incrível a obra dessa mulher guerreira, com uma criatividade que não se explica, apenas se admira. Uma pena é que essa rica obra é tão pouco divulgada em nosso Estado. Eli faz sucesso fora daqui, principalmente em outros países. Voltamos para casa com o livro Óvulos de Eli, de Kátia Kock e Vanessa Schultz, com distribuição gratuita e que merece ser apreciado. Interessou? Para quem está em Florianópolis (SC) basta ir a Fundação Cultural Badesc, lá você encontra alguns livros.
Cara (1997, acrílico s/ tela)


Tudo vira arte nas mãos de Eli. Ao lado, a escultura da série Personagem Salto de Sapato, de 1978. Obra que fez sucesso pelo ineditismo e que está muito ligada a moda, não é mesmo?

Eli trabalha com diversas técnicas, fazia reciclagem de materiais quando ninguém pensava nisso e é um marco para a cultura catarinense. Ela também compõe poemas emocionantes como este:

EU SOU MANCHA VIVENTE

Vive na mente
O corpo não sente
Mas sei que sou gente.

Solta no ar
Alma para amar
Olhos para chorar
Boca para gritar.

Gente! Gente! Gente!
Só tenho colorido na mente
Mancha na minha frente
Eu sou mancha vivente.

Às vezes sou gente
Outras sou toda uma vida
Uma depressão de repente
Viro mancha colorida.

Posso estar numa parede limpa
Posso estar numa parede suja
Esquecendo o mau trato da vida
Para que a vida não fuja.

Que bom ser mancha vivente!
Pelo menos minha mente
Esquece por um instante
O desabrigo de tudo que está em minha frente.


Beijos!
Débora Ferreira

Um comentário:

  1. Adorei. Muito especial e impressionante a vida e a obra desta catarinense. Que bom compartilhar aquele momento com você. Beijos.

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