domingo, 20 de abril de 2014

A Páscoa nunca mais foi a mesma

É caro leitor, há tempos que não vejo uma Páscoa como antigamente...
Quando criança, os domingos de Páscoa eram especiais e demorados. A madrugada, longa demais para a minha ansiedade, demorava tanto a passar que chegava a ser angustiante. E que sensação deliciosa ficar imaginando se o coelho iria até a minha casa, como ele seria - eu acreditava que era branquinho igual a esse da foto -, se haveria pegadas indicando o caminho até o ninho. A surpresa boa era quando, depois de muito relutar contra o sono, acordava e via que os presentes estavam ao lado da cama.

Mas como?! Eu nem vi ele passar aqui, que frustração! Esse coelhinho da Páscoa já me pregou cada peça. Porém, o tempo passa, a gente cresce e toda essa magia vai ficando cada vez mais distante. Hoje a Páscoa continua sendo especial,  mas de uma maneira bem diferente. Comemoro o prazer de estar com minha família, ganhar carinho e matar as saudades que a distância nos impôs. A espera pelo ninho do coelho não existe mais, toda aquela  ansiedade ficou lá na infância e a noite de sábado pré-Páscoa agora é tranquila.

Páscoa como aquelas de antigamente sei que ainda vou viver, dessa vez com meus filhos e sobrinhos. Quem sabe só assim para amenizar a saudade que eu sinto de esperar freneticamente pelo coelho. Ah, tempo bom!

E para você, que parou por um instante para ler esta crônica, desejo uma Páscoa cheia de amor e com espírito de renovação. Afinal, nós adultos devemos e precisamos praticar muito o verdadeiro sentido desta data.

Feliz Páscoa!!!
Beijos!

Débora Ferreira

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente sobre o que você acabou de ver