quarta-feira, 7 de maio de 2014

Celularmaníacos

Oi gente! Hoje os leitores do Códigos da Moda terão acesso, em primeira mão, a minha próxima crônica do jornal Nortesul. Será que você é ou conhece alguém viciado em celular? No último final de semana encontrei uma menina especial e conto um pouco do que vi aqui para vocês...

Você lembra como era a sua vida sem celular? Quem tem mais de 20 anos provavelmente vai lembrar como era diferente do que vemos hoje. Eu mesma ganhei o primeiro celular apenas aos 18 anos e o aparelho tinha como único objetivo fazer ligações. Como nem todas as pessoas possuiam um celular - ao contrário dos dias atuais - enviar mensagem então era uma raridade.  

E com a entrada desses aparelhos em nosso cotidiano mudamos, e muito, o comportamento. No último final de semana fiquei surpresa com o que presenciei em um restaurante. Em uma das mesas havia duas adolescentes com aproximadamente 13 anos. Uma delas mal olhou a comida e não conversou com as pessoas porque estava vidrada no celular.  

Já a outra roubou a minha atenção por muito tempo. A menina comeu, conversou  e depois retirou da bolsa um livro. Sim, ela leu um livro enquanto os parentes terminavam de almoçar. Me encantei pela cena, uma raridade nos dias atuais. E o mais engraçado é que as duas estavam frente a frente com aqueles hábitos tão diferenciados. A menina que lia o livro por alguns momentos interrompeu a leitura para conversar. A outra que jogava no celular manteve-se alheia a tudo o que acontecia ao redor.  

Observei as garotas e comecei a olhar em volta. Um casal com filhos já adultos almoçava em silêncio. A mãe tirou da bolsa um tablet e passou algum tempo navegando pelo facebook. Em outra mesa, um jovem casal esperou a comida chegar sem trocar uma palavra seque porque estavam de olho no celular.  

E você, costuma fazer isso também? Certa vez vi uma fotografia retirada de um restaurante onde dizia: "não temos wi-fi, conversem entre vocês". Achei genial, é isso mesmo que falta hoje, interação entre as pessoas. A tecnologia é maravilhosa, mas se não soubermos dosar ela rouba as nossas vidas. Pense nisso.

Débora Ferreira, jornalista

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